sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Islândia: a divisão entre dois continentes



Entre as muitas riquezas naturais que existem na Islândia há uma que se destaca de entre as outras. E não só por ser uma das jóias naturais do país, mas porque a Islândia como monumento á natureza podia não ser a mesma sem a existência deste lugar. E esse lugar é nada mais nada menos que o Parque Nacional de Thingvellir. Para além de ser a casa de um dos mais famosos lagos do país, e de ter sido a residência de um dos mais antigos parlamentos do mundo, este parque situa-se precisamente sobre a dorsal Médio-Atlântica. O rift associado a esta dorsal, que marca a divisão entre a placa euro-asiática e a placa norte-americana, cruza a Islândia de sudoeste a nordeste. A crista média atlântica sai do domínio submerso e atinge expressão francamente sub-aérea nesta ilha. Efectivamente, a parte ocidental da Islândia está na placa americana, enquanto a parte oriental pertence à placa euro-asiática. As consequências do movimento das placas são facilmente observáveis na zona do vulcão Krafla, no nordeste da Islândia. Nesta zona, no período de alguns meses, é possível constatar que as fissuras existentes no solo se vão alargando, criando-se, simultaneamente, outras novas. 





Fig.1 Divisão da Islândia pela crista Médio Atlântica. Com triângulos estão assinalados alguns dos vulcões ativos Islandeses






A Crista Média Atlântica (CMA) é uma cordilheira submarina que se estende no leito dos oceanos Atlântico e Árctico. Os pontos mais elevados desta cordilheira emergem em vários locais, formando ilhas. A Crista Média Atlântica faz parte do sistema global de cordilheiras oceânicas. Actualmente, crê-se que a sua formação se deve a um limite divergente entre placas tectónicas. Os limites divergentes ocorrem ao longo das placas que estão em movimento de separação (afastamento; divergente) e a nova crusta é criada pelo magma que se eleva do manto. Estas placas encontram-se em movimento e, por isso, o Atlântico encontra-se em expansão ao longo desta dorsal, ao ritmo de 2 a 10 cm por ano. Talvez os limites divergentes mais conhecidos sejam os desta crista. Foi descoberta na década de 1950 por Bruce Heezen e Marie Tharp. A sua descoberta levou à formulação da teoria de expansão do fundo oceânico e à aceitação da teoria de deriva continental de Alfred Wegener. 



Fig.2 O cume foi central na ruptura da Pangéia, que começou cerca de 180 milhões de anos atrás. 

O fenómeno observado no parque de Thingvellir não é único é também observado num exemplo mais nacional que é o caso da ilha do Pico nos Açores. [ 2 ]Tingvellir National Park foi o primeiro parque nacional na Islândia e foi decretado propriedade perpétua da nação islandesa para preservar o primeiro parlamento do mundo de modo a nunca ser vendido ou hipotecado. 

























Fontes:
Google earth

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